Em reunião, hoje, com os presidentes de entidades prefeito de Patrocínio abriu o jogo: a situação de Patrocínio é grave.
Os empresários foram ao prefeito pedir flexibilização do decreto, mas ouviram que vai ser difícil- Fotos:Gilber Barros PMP
Da redação da Rede Hoje
Empresários de vários setores e dirigentes de entidades de classe estiveram na manhã desta terça-feira(23) no gabinete do prefeito Deiró Marra, na esperança de que fosse flexibilizado o decreto que proíbe várias atividades e limita outras por causa do novo coronavírus.
Mas, o que ouviram não foi bom. Deiró Marra, em nota publicada a tarde, diz que fez um relato real da situação em Patrocínio “que já chegou ao ponto de saturação do sistema, sem disponibilidade de UTI’s para receber infectados graves”.
Ele diz que ouviu as reivindicações das entidades e prometeu “analisar casos específicos, em especial quanto ao Delivery”. E que colocou a posição dos profissionais da saúde da cidade, redes pública e privada, o pelotão de frente nessa guerra em favor da vida, que são contrários a qualquer abertura. Segundo Deiró, “porque eles, melhor que ninguém, podem avaliar e estão vendo a angústia, a agonia desse momento, que aliás é vivido por toda nossa região”, explicou.
Ainda de acordo com o prefeito Deiró Marra, foram mostradas medidas e ações tomadas pelo Governo Municipal, “com ampliação de leitos, formação de novas equipes, estruturação do Hospital de Campanha — que hoje custa R$ 600 mil de recursos próprios, sem nenhuma ajuda de fora.
O prefeito disse que se posicionou sobre a dívida do Governo de Minas com o município, “de mais de R$ 20 milhões do Estado só para com a saúde, que fora isso não tem investido nada nesse momento tão crítico da pandemia, mas que são recursos que estão fazendo muita falta”.
Disse que “como Gestor Público tenho procurado, desde o início, ser o mais sereno possível, ainda que sobre meus ombros pesem todas as preocupações e responsabilidades na condução de nossa cidade, cuidando das pessoas, nesse tempo tão nebuloso e jamais imaginado”.
Deiró Marra disse ainda ser parceiro das Entidades, que vive com elas o drama de seus associados. Explicou também não ser favorável ao fechamento, “mas este é um momento em que a gente não tem como correr, que exige de nós, sobretudo, amor à vida, porque este vírus é implacável e está judiando do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro”, explicou
Veja a nota completa divulgada pelo prefeito Deiró Marra:
“Recebi no final da manhã de hoje, 23/2, na Sala de Reuniões de meu Gabinete, o presidente da ACIP Carlos Alberto Apolinário; a presidente da CDL Isabela Rezende Cunha; o presidente do SindComércio Wander Júnior de Carvalho e outros diretores das Entidades, que publicamente têm se manifestado por uma flexibilização no comércio.
Como sempre fui aberto ao diálogo, recebi-os e mostrei a eles a gravidade dos fatos. Fiz um relato real da situação em nossa cidade, que já chegou ao ponto de saturação do sistema, sem disponibilidade de UTI’s para receber infectados graves. Ouvi as reivindicações das Entidades e vamos analisar casos específicos, em especial quanto ao Delivery.
Coloquei a posição dos profissionais da saúde de nossa cidade, redes pública e privada, o pelotão de frente nessa guerra em favor da vida, que são contrários a qualquer abertura, porque eles, melhor que ninguém, podem avaliar e estão vendo a angústia, a agonia desse momento, que aliás é vivido por toda nossa região.
Mostrei as medidas e ações tomadas pelo Governo Municipal, com ampliação de leitos, formação de novas equipes, estruturação do Hospital de Campanha que hoje custa R$ 600 mil de recursos próprios, sem nenhuma ajuda de fora.
Posicionei-os sobre a dívida de mais de R$ 20 milhões do Estado só para com a saúde, que fora isso não tem investido nada nesse momento tão crítico da pandemia, mas que são recursos que estão fazendo muita falta.
Como Gestor Público tenho procurado, desde o início, ser o mais sereno possível, ainda que sobre meus ombros pesem todas as preocupações e responsabilidades na condução de nossa cidade, cuidando das pessoas, nesse tempo tão nebuloso e jamais imaginado. Prefeito nenhum, em tempo algum, passou pelo que estou passando, sem criar alarde, sem gerar pânico ou alarmar nossa população, mas sempre procurando soluções de forma centrada, responsável e a tempo e a hora.
Não há uma fórmula mágica. A situação é gravíssima. É um preço que todos estamos pagando, não só em Patrocínio, mas em todo o País. Eu não desejo ver conterrâneos nossos sendo transportados de helicóptero ou avião para outros centros, como já ocorreu em cidades vizinhas.
Preciso dividir com todos essa triste verdade. Nosso sistema infelizmente saturou. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance, mas a verdade é doída e requer de todos nós responsabilidade.
Sou parceiro das Entidades, vivo com elas o drama de seus associados, também não sou a favor de fechamento, mas este é um momento em que a gente não tem como correr, que exige de nós, sobretudo, amor à vida, porque este vírus é implacável e está judiando do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro.
Que Deus continue nos abençoando em nossas decisões emergenciais e sem muitas opções: do Poder Público e das Entidades representativas de Patrocínio. Que Deus nos proteja e guarde. Vamos continuar trabalhando diuturnamente no combate a propagação e enfrentamento a COVID-19. Deus é Pai e é maior. Nós vamos sair disso em breve. Que a vacina chegue logo para todos. Os patrocinense merecem esta grande bênção”.